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21/10/2013


Olá!

Faz um tempão que não trago aqui para o blog entrevistas com autores nacionais. Para compensar resolvi entrevistar a autora Cristina Aguiar - livros A Profecia de Hedhen e As Árvores Sagradas de Nod, os dois livros publicados pela MODO Editora, parceira do Uma dose de palavras. Eu tenho certeza que vocês vão adorar conhecer o trabalho da Cristina e quem gosta de literatura fantástica pode ter certeza que os livros dela são ideais.

A autora além de tudo é cearense, assim como eu - tenho que puxar sardinha para o meu lado. Pra mim é um grande orgulho vê-la divulgando o seu trabalho e acrescentando à literatura nacional com o seu talento. Parabéns, Cristina Aguiar!!!  


Agora vamos à entrevista.

Uma dose de palavras: Para começar gostaria que falasse um pouco sobre você, sua vida profissional, sua formação e também sobre sua carreira no mundo literário.

Cristina Aguiar: Bom, deixa eu ver! Essa sempre é a resposta mais difícil, rsrsrs. Eu sou formada em História, dei aulas em algumas escolas e trabalhei um tempo em um curso preparatório, atualmente trabalho como revisora na Modo Editora. Quanto a minha carreira no mundo literário, comecei a escrever aos 12 anos. Gostava de transcrever os filmes que assistia e gostava, repetindo os diálogos. Quando não lembrava, criava. Fui depois fazendo várias tentativas de criar uma história minha. Cheguei a terminar um livro “Viajantes”, e estou quase finalizando outro “A Tenda Peregrina”. Ambos fora da saga Os Tronos de Luz. A Profecia de Hedhen foi um marco na minha vida, pois me possibilitou estar aqui hoje, realizando um sonho e compartilhando as loucuras da minha mente com vocês.

Uma dose de palavras: Você é autora de dois livros: A Profecia de Hedhen e As Árvores Sagradas de Nod, publicados pela MODO Editora. Os dois livros fazem parte da saga “Os Tronos da Luz”. Você poderia falar para os leitores do blog em que consiste esta saga?

Cristina Aguiar: É uma saga de heroísmo e fé. Fala de Hedhen, uma terra que vive numa época de opressão, apesar de já ter tido um passado grandioso. Esse passado de justiça e paz estará de volta, segundo uma Profecia, quando três pessoas surgirem no mundo: a Herdeira, a Guardiã e o Rei. Eles deverão resgatar os poderes dos Tronos de Luz. A partir daí, os Tronos deverão lutar contra as trevas que insistem em se erguer, e essa luta os deverá levar a um final surpreendente e que mudará completamente o destino daquele mundo e de seus habitantes. Existem clichês? Sim! A luta do Bem contra o Mal é uma constante na saga. Mas sou da escola onde o Bem tem aparência de bem e o Mal tem aparência do mal (falo da fantasia). Para mim, o que torna a saga diferente é a maneira como isso é trabalhado.

Uma dose de palavras: Em que momento veio a decisão de se tornar uma escritora? Foi uma decisão, ou você apenas exteriorizou algo que já nasceu com você?

Cristina Aguiar: Eu escrevo desde os 12 anos. Acumulava cadernos (que ainda possuo) cheios de histórias. Fazia isso por prazer, pela necessidade de pôr os pensamentos e ideias para fora. Nunca pensei que um dia seria uma escritora publicada, era um sonho distante. Ser escritora não é uma tomada de decisão, é uma missão. O dom de escrever é algo que lhe é dado para que seja exteriorizado. A internet facilita muito isso. Ainda que um escritor não tenha sido publicado, ele tem a opção de criar um blog e compartilhar seus pensamentos. É claro que essa é a minha opinião pessoal.

Uma dose de palavras: Como surgiu a ideia para a saga “Os Tronos da Luz”? Foi algo que surgiu como uma inspiração rápida, ou você precisou trabalhar a ideia com carinho, calma e afinco para construir seu livro?

Cristina Aguiar: No início, quando eu entrei para a faculdade de História, eu fui apresentada a algumas civilizações que eram ditas como matriarcais. O tema me instigou a continuar pesquisando e eu juntei um vasto material. Comecei a imaginar uma história de heroísmo onde a mulher não seria apenas a mocinha chorosa com um lenço na mão, vendo o herói partir. Eu queria que ela fosse parte da história. Tirei todos os estigmas de vítima, sedutora, ou apenas o sonho etéreo do herói. Então eu criei minhas heroínas, cuja jornada exige coragem, ousadia, fé. Mulheres que estariam lutando pela salvação do mundo em que viviam, sem deixar de ser mulheres. Esse foi o fator motivador da história. Quanto a trama em si, a inspiração vem em sua grande parte da Bíblia, para mim o maior dos livros épicos, e também em Tolkien, pois ele traz o retrato da bravura e do heroísmo em suas histórias.

Uma dose de palavras: Eu percebo que muitos autores têm certa dificuldade para escrever o primeiro livro, deve ser difícil mesmo se dedicar a algo tão importante e que gera tantas expectativas. No seu caso o primeiro livro foi mais difícil de escrever do que o segundo? Você enfrentou algum problema no processo criativo durante a escrita?

Cristina Aguiar: Quando eu comecei a escrever A Profecia de Hedhen, eu já havia pensado e repensado a história na minha cabeça. Já conhecia o início, meio e fim. Só não sabia ainda o que aconteceria entre eles. E esse mistério foi o mais gostoso no processo, pois era nele que eu ia trabalhando o caráter dos personagens e conhecendo-os melhor, seus limites, pontos positivos e negativos. O segundo As Árvores Sagradas de Nod foi bem mais rápido, pois eu ainda estava sob o efeito do final do primeiro, e as ideias simplesmente não paravam. Quando Hedhen foi publicado, o segundo já estava praticamente pronto. A dificuldade, em ambos os casos, é encontrar tempo e tranquilidade. Moro no centro da cidade e tem um prédio de 20 andares sendo construído ao lado de minha casa. Se não for de madrugada, o processo de escrita fica difícil.

Uma dose de palavras: Qual é a sensação de concluir um livro?

Cristina Aguiar: É como a de ter um filho. É a conclusão de uma história que não existia além da sua própria imaginação. Você sente ciúmes, orgulho, o sentimento de posse. E você quer que todo mundo veja! Não importa se vão achar bonitinho ou feio. É claro que você não gosta quando acham feio, rsrsrs. Mas não tem como evitar isso.

Uma dose de palavras: Quando o livro A Profecia de Hedhen foi publicado como você se sentiu? Foi difícil encontrar uma editora?

Cristina Aguiar: Foi um sonho realizado. Eu olhava pra ele e não acreditava que a minha história agora tinha uma capa, uma sinopse, um corpo. Eu, depois de ter registrado o livro, coloquei-o na Bookess, um tipo de livraria virtual, onde o seu livro fica exposto. A MODO, na pessoa da Adriana Vargas, entrou em contato para analisar o original. Eu enviei tudo o que pediram e aguardei a resposta, que veio positiva. No mesmo dia eu havia recebido um não de outra editora. Posso dizer que a MODO foi um presente de Deus na minha vida.

Uma dose de palavras: Nesse universo literário é muito difícil um trabalho ser unânime e agradar a todos - leitores e crítica - na vida é assim também. Como foram/estão sendo as críticas em relação aos seus livros? Recebeu alguma crítica negativa, se sim, como lidou com isso?

Cristina Aguiar: Eu, até agora, só recebi uma crítica negativa, mas consegui superar melhor do que esperava. Todas as resenhas e opiniões que tenho recebido até agora foram positivas e isso é uma grande alegria pra mim. Aprendi que as negativas te ensinam a ver onde você errou e consertar isso futuramente. Só tenho medo de pegar na frente algum daqueles críticos que, se não gostam, são capazes até de convencer o autor de que escrever não é sua vocação. Esse tipo de críticas, eu ponho no lixo. Eu acho que deve-se saber opinar, considerando o fato de que sua opinião pode gerar algo construtivo e não destrutivo, seja ela positiva ou não.

Uma dose de palavras: Quais seus autores preferidos? O seu gosto literário influencia suas tramas?

Cristina Aguiar: Vou listar alguns autores: Tokien, C.S.Lewis, Marion Zimmer Bradley, J.K Rowling, Rick Riordan, James Rollins, Steven Pressfield, Dan Brown, Kate Mosse, Elizabeth Kostova. Esses me atraem, alguns pela fantasia, outros pelas tramas cheias de enigmas históricos, o que eu adoro! Agora tenho outra lista, essa de romancistas do século XIX. Adoro os romances de aventura criados nessa época: Julio Verne, Alexandre Dumas, Charles Dickens e Mark Twain. E quanto ao suspense, não posso deixar de citar Arthur Conan Doyle e Agatha Christie.

Uma dose de palavras: Cristina, você poderia dar algumas dicas para os leitores do blog que, assim como eu, pretendem entrar nesse universo da literatura nacional?

Cristina Aguiar: Escrevam e não engavetem seus sonhos. O tempo está propício para a literatura nacional e é hora de mostrar o que se é produzido. Não percam a oportunidade de buscar o lugar de vocês e não se assustem com as respostas negativas, pois as positivas também virão.

Uma dose de palavras: Quais as maiores dificuldades enfrentadas por você como autora nacional? Em algum momento pensou em desistir? E o que te motiva a continuar? 

Cristina Aguiar: Acho que viver em um lugar onde a literatura não é reconhecida como devia, é o maior desafio para os autores nacionais hoje. Aqui no nordeste o incentivo é ainda mais escasso, pois a literatura parece estar arraigada a uma ideia de que os novos autores não são dignos nem de estar a sombra de figuras como José de Alencar e Rachel de Queiroz. Tudo o que fazemos deve ser pesado na balança para ver o nível de regionalismo nas nossas obras. Quanto a desistir, nunca! Uma vez escritor, sempre escritor.

Uma dose de palavras: Por fim, gostaria de agradecer a sua disposição em responder à entrevista e quero desejar muito sucesso, muita criatividade, muitos outros livros publicados. Muito obrigado! Deixo o espaço para você falar com os leitores do blog sobre o que eles devem esperar de você e dos seus livros.

Cristina Aguiar: Bom, eu é que agradeço, Rogério. Quanto aos leitores, eu quero convidar a todos para dar uma olhada no blog (http//:terradehedhen.blogspot.com/), onde tem uma página bem informantiva sobre os livros e o seu universo. E gostaria também de dizer que brasileiro sabe escrever fantasia. Vários títulos estão sendo publicados nesse gênero e para quem é fã, não tenha medo de comprar um livro nacional. Aventure-se na imaginação do seu povo e prepare-se para viajar em novas realidades.




Um forte abraço,
Rogério Queiroz.

8 comentários:

  1. Oi parceiro,
    Excelente entrevista! Já tinha visto as capas desses livros, mas não conhecia a premissa e nem a autora!
    Muito legal, adorei!
    Bom, e a entrevista foi mega interessante! A autora parece ser muito gente-fina e talentosa por sinal!

    Excelente postagem :D
    Muito enriquecer conhecer mais escritores nacionais e parafraseando a Cristina: Não engavete seu sonho e publique muitos livros para a alegria de seus amigos leitores e blogueiros. P.s.: Vou querer resenhar, beleza??!

    Abraço
    http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/

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  2. Olá meu amigo querido, tudo bem com você?
    Espero que sim, porque eu estou morrendo de calor e com sono por causa desse horário de verão que sinceramente eu ODEIO !!! hahahahaha
    Mas não vim para falar disso e sim da sua entrevista que achei super bacana com a Autora Cristina. Adorei, principalmente quando ela fala da criação do livro e dos personagens. Muito interessante isso, porque eu não sei como os autores tem tanta imaginação para criar um mundo ou até mesmo esses personagens que surgem na cabeça deles assim do nada.
    Ela mesma falou num trecho ai da entrevista que as coisas vinham na cabeça dela e ela ia colocando no papel e tals. Nossa, muito bacana mesmo.
    Gostei meu amigo.
    Espero que ela também nos ceda seu livro para que possamos ler né ?
    hahahaahhaha

    Enfim...
    Agora eu vou indo, porque preciso descansar um pouco, mas também queria te avisar que tem RESENHA nova em meu blog. Depois dá uma passadinha lá.
    bjokas e fica com Deus

    lovereadmybooks.blogspot.com.br

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  3. Oi Parceiro!

    Olha, parabéns pela entrevista, suas perguntas são muito bem elaboradas, coisa de gente que tem veia literária neh? hahaha

    Adorei conhecer a autora, e a forma com que ela fala do dom de escrever e de seus livros... Fiquei com muita vontade de ler... Agora, que capas hein??? parabéns à Editora Modo...

    Abraços!

    escrev-arte.blogspot.com.br

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  4. Olá Rogério,tudo bem?
    Nossa, mais que maravilha de entrevista rs. Puxando sardinha né?
    Desejo super parabéns a autora e eu realmente fiquei encantada com a capa e fui pesquisar mais coisas de seu livro ( sim, fiquei super curiosa) li algumas resenha e amei.

    Amei conhecer mais da autora, principalmente saber seus autores preferidos haha tem alguns dos meus lá.
    Parabéns pela entrevista Rogério,que aliás é sempre ótima.

    Abraços e tenha ótima semana.
    Tamires C.
    http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/

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  5. Oi, Rô! :)
    A Cristina é muito simpática, né? Eu gostei bastante da entrevista e tenho certeza que essa série dela tem tudo para ser leituras maravilhosas.
    A lista de escritores preferidos dela é muito TOP, adorei!

    Beijos!

    Café com Leituras!
    http://cafecomleiturasneriana.blogspot.com.br/

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  6. Oi parceiro, tudo bem?
    Eu não conhecia a autora, tô passada aqui.
    Fiquei muito curiosa com a saga dela. Que capas lindas são essas em?
    A entrevista foi muito boa.
    Parabéns e sucesso para ela.
    Beijos

    http://elaeseuslivros.blogspot.com.br ♥

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  7. Adorei a entrevista, ela é muito simpática e seus livros parecem ser incríveis.
    Simplesmente acho fantástico ceder este espaço para os autores nacionais, como ela mesmo disse estamos um um tempo propício, porém autores da nossa terra, autores tupiniquins (rsrs) não conseguem tem a mesma, hmm, visualização que antes. talvez pela civilização pobre de cultura que o mundo está criando.
    Enfim, simplesmente adorei!
    Super Abraço, Victor Rosa

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  8. ola, vi que esse post tem bastante tempo, mas quem sabe...

    teremos o final da saga? não encontro nenhuma informação em lugar nenhum =(

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